É interessante perceber como não conseguimos nos desvencilhar dos fortes laços que sufocam nossa compreensão mais alargada das ações do outro, notadamente, dos investidos de repercussão ou autoridade pública. Facilmente enveredamos por nossas próprias elucubrações mentais, expertise emocional e imposições contextuais próprias num caminho de juízo de valores das ações notórias dos outros sem perceber que muitas vezes simplesmente caímos em uma perigosa armadilha, justamente por isso o messias sentenciou “não julgueis para que não sejais julgados” (Lc 6.37). Quais seriam esses perigos que envolvem uma avaliação de ações alheias que deveríamos ter muito cuidado em notar, identificar e separar ao empreendermos qualquer tipo de valorização dessa monta? Penso que seriam os jogos de compreensão e linguagem (para me manter nas relações hadameriana/wittgesteriano): o jogo hermenêutico, o jogo ideológico e o jogo dialético. E tristemente muitas das nossas avaliações do comportamento público do o...
Abordagem da psicanálise, filosofia da linguagem e existencialismo no viés do Evangelho da graça por meio de texto e aforismo como uma tentativa de resposta, comunicação e conexão na pós-modernidade e seus desafios morais, culturais e espirituais... rev. Marcus King Barbosa filósofo da cultura e pastor reformado