Somos seres
multienergéticos. Nossa estrutura humana se constitui de energia,
independentemente do termo que se queira dar para ela: mana, tchi, pneuma,
força vital, magnetismo animal, enfim . A verdade é que somos seres biopsicoenergéticos.
A questão controvertida não é a realidade ou não dessa condição de seres
energéticos, mas o nosso desconhecimento dela. Von Grot em seu trabalho
acadêmico sobre a relação entre a energia psíquica e a psicologia faz a
seguinte afirmação: O conceito de energia psíquica é tão legítimo em
ciências quanto o de energia física, e a energia psíquica tem também suas
medidas quantitativas e formas diferentes, como a energia física
(Grot
–
1947:290).
Isso é uma
compreensão nova? Em nenhum sentido, note-se que, por exemplo, os chineses já
haviam descoberto essa energia e indo além destacado que quando ela ficava bloqueada em pontos de
condensação, surgiam doenças que poderiam ser curadas mediante o uso de agulhas
ou a pressão dos dedos nos citados pontos. Essa pressões reposicionavam
a energia desobstruindo o enervamento energético permitindo o livre fluxo da energia
pelos meridianos e a saúde era restabelecida. Entendam que isso foi ensinado a
mais de quatro mil anos!
Com isso
posto, o que designamos de crise, doença, transtorno, no nível, físico,
emocional/psiquiátrico, espiritual é na verdade em seu ângulo mais destacado desnivelamentos,
desestabilizações energéticas.
De fato, a
maior parte de nossos problemas relacionais, sexuais, físicos, psiquiátricos/emocionais,
enfim, tem sua geratriz, sua fonte emanativa mais nesse descompasso da energia
vital (Lebensenergie), a energia V
do que nas conjunturas e contingências que normalmente tentamos explica-los.
Desse modo a
resolução desses problemas está conectada ao redirecionamento, estabilização energética
trazendo o equilíbrio da Energia V. Esse equilíbrio é o que procuramos e entendemos
ser a cura (therapeuen) biopsicoenergética.
Já notou que muitas vezes procuramos os meios óbvios para tratarmos dos nossos
males e não conseguimos obter real êxito? Talvez a abordagem esteja equivocada.
Penso que está na hora de rever tal postura, não acha?
Não
adianta, por exemplo, você negar ou resistir a um impulso interior obsessivo,
mental que te faz realizar certas práticas ou rituais que se chocam com seu patrimônio
de valores (ethos). Por quê? Porque
a negação e resistência a tal impulso (energia fixada) só geram, produzem resistência
e represamento energético que vai transmutar
a energia vital em energia caótica (bohú), a energia C (chaotische
Energie) que vai acabar se impondo com muita força e implicações
desastrosas. Isso elucida a dinâmica das recaídas e ampliações de condição
patológica. Por isso você e pego de surpresa com severas e gravosas recaídas,
não é mesmo¿ Resiste, resiste, nega, sofre nega e pensa que controlou ou até
que está resolvido a situação, daí...
Qual seria
então abordagem correta nesses casos? Do ponto de vista da psicologia e
psicoterapia biopsicoenergética é o ressignificar essa energia caótica
(tornando-a energia vital) e desobstruir o represamento energético gerado pelas
sobreposições e sobrecargas da energia K. Quando isso ocorre o fluxo dinâmico das
energias retornam se estabelece a sinergia e temos então um equilíbrio da
energia vital. SDG.
Marcus King Barbosa – Psicoterapeuta Biopsicosocial, analista
Clínico, Terapeuta Integracionista, Teólogo, Filósofo, Pastor Reformado e
Místico Cristão
Comentários
Postar um comentário