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Mostrando postagens de novembro, 2021

LIÇÕES DO MAL DOS EFÉSIOS

  É impossível entender o que Deus trata com a igreja, tanto histórica como temporalprofética no livro das Revelações sem compreender em primeira instancia a própria relação espiritual-escatológica de Cristo com a Igreja e sua fundamental existência no mundo criado/redimido. Essa descrição é notadamente apresentada na visão dos sete candeeiros e sete estrelas (1:12-20). Aqui Deus deixa mais que evidente que ele detém o controle absoluto da existência da igreja em Cristo. Que nada passa de seu conhecimento ou assume uma feitura descontrolada; ao contrário, toda a vida da igreja se desdobra em suas mãos soberanas de forma irrestrita. Esse domínio é de tal magnitude que a própria existência, luz e destino da igreja dependem disso, como acertadamente comentou Hernandes Dias Lopes: A luz da igreja é emprestada ou refletida, como a da lua. Se as estrelas têm de brilhar e as lâmpadas luzir, elas devem permanecer na mão de Cristo e na presença de Cristo (Lopes – 2005). A partir dessa...
   O Evangelho e aquilo que entendemos ser o evangelho Quando avalio o quadro de respostas éticas que a igreja moderna vem dando a percepção e sentido que Cristo tinha do papel fundamental do Evangelho fico com seríssimas dúvidas. Essas dubitações são resultados da ausência capitular dos efeitos que se pode entender, grosso modo, dos frutos do Evangelho na vida humana em senso pleno. E que Jesus compreendia que fossem as manifestações, os sinais dele na existência dos seus discípulos em sua comunidade espiritual. Portanto, para Cristo (e depois sua comunidade eclesial e teologica) o Evangelho tinha o poder celestial de livrar as pessoas da alienação e perversão edênica que habita por mediação pactual em Adão (Rm 5.12) o mais profundo dos seus corações e os recessos mais intocáveis das suas almas (Mt 15.18-19). Na forma de entender o mover redentivo do Espírito no Evangelho através do seu trabalho modelar sob os escombros da catástrofe da queda humana Jesus descrevia um m...

Mudanças...

  Todos estamos presos irremediavelmente a roda-rolante do devir; ou seja, das mudanças que pontilham nossas existências. Um dos primeiros filósofos que compreendeu esse amarramento humano às teias das alterações foi Heráclito ao sinalizar que ninguém toma banho no mesmo rio, isso porque o rio não seria o mesmo, nem tão pouco nós que entramos também seriamos . De fato, estamos jogados na espiral das transformações sem nenhum tipo de apelação. Essas mudanças que afetam os rumos de nosso existir in toto, são de duas naturezas fundamentais: positivas e negativas. Disso podemos asseverar sem assombro que temos evoluções e involuções. Evoluímos e regredimos mais tudo sob a égide da alteração continua da existência. Ou seja, todos estamos em continuo processo de ressignificação.     MATRIZES PRIMÁRIAS DE NOSSA EVOLUÇÃO EXISTENCIAL Mas como esses processos evolutivos acontecem nos diâmetros de nossa existência? Quais os agentes eu agenciamentos formativos dessas alteraçõ...