Muitas de nossas atitudes e reações são atualizações e compensações distorcidas de ausências, carências ou fixações da nossa infância, no sentido da relação simbólica familiar na formatação da nossa psicohistória.
Quero afirmar com isso que certas posturas que assumimos são condicionadas
por esse legado agregado a nossa identidade formada. Por exemplo, uma conduta
de autocobrança pode ser uma condição patológica do eu fiscalizador (superego) formatado
por uma atitude de cobrança excessiva dos pais. Ou um vício constrangedor como
incursão de nosso eu instinto (Id, Isso) na sua luta simbólica contra o eu
diretor. Ou ainda, uma postura de incerteza, falta de firmeza de muitos homens
em suas relações afetivas pode ser fruto de uma autopercepção fragilizada do eu
diretor (ego) ocasionada por uma mãe opressora, onipotente e manipuladora, o
chamado complexo de Orestes, que bem acentuou o prof. Massimo Recalti e tomo
nesse ponto como ilustração do ponto em questão: “No seu centro, não é a morte
do pai rival, mas sim a da mãe onipotente que sujeita o filho matando o pai. O
tendencial “desaparecimento do Édipo freudiano” que caracteriza o nosso tempo
acaba por abandonar o filho à baila de uma maternalização amplamente incestuosa”.
Aqui indago, perceberam nestes exemplos, a realidade
indisputável da ingerência e condicionamento efetivo da dimensão infantilformativa
se manifestando como desejo (libido, pulsão) e falta? Dando com isso nuances a
nossas conexões, ações, reações e sentimentos? Por isso precisamos continuamente
revisitar nossas trilhas para manter nosso fluxo relacional sadio (se é que
pode ser possível).
Dessa maneira, apresento a terapia ressignificativa (reframing therapy) como agencia terapêutica
determinante a partir da condição que possibilita um reset (redefinição) nesses
drivers
matrices (fontes matriciais) avariados por essas questões da nossa interação
mais fundamental (familiar) realizando uma refresh (atualização). Designamos
isso de ressignificar (resignify) que é a estrutura dorsal da minha terapia,
que conjuga o material clínicoteórico das terapias dinâmicas, cognitivas comportamentais
e energéticas.
Essa nova escola terapêutica trabalha a nível metodológico por
meio do método: IRT – Identidade, Ressignificação e Transformação. Sendo que, a
terapia ressignificativa propõe então uma revolução pessoal e existencial que
apresenta uma nova mentalidade (mindset) reestruturando-nos
pessoalmente e nossos relacionamentos (rapport). SDG.
Dr. Marcus King Barbosa – Psicanalista Clínico, Psicoterapeuta
Integratista, Filósofo, Teólogo Público e Fundador da Terapia Ressignificativa
Comentários
Postar um comentário