Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2016

QUANDO O REALIZAR NÃO É SUFICIENTE – Ap 2.1-7

Servir a Deus é uma consequência natural e até esperada daqueles que experimentaram o poder redentivo do reino de Deus e da nova era redimida por meio do ministério messiânico de Jesus de Nazaret.             Na verdade, o impulso de seguir a Cristo é irresistível nos corações daqueles que sorveram verdadeiramente de sua graça regenerativa. Isso é magistralmente ilustrado na pessoa do ex-possesso de Gadara: 18 - Por isso Ele voltou para o barco. E o homem que tinha estado possesso dos demônios suplicou a Jesus que o deixasse ir com Ele . 19 - Mas Jesus disse que não. "Volte para o meio dos seus amigos", disse Ele, "e diga-lhes que coisas maravilhosas Deus fez por você; e como Ele foi misericordioso".   (Grifo meu) (Mc 5.18-20).             Servir, portanto, a Deus é testemunhar da nova vida ( zõe ) comprometida em sua essência e dinamismo ( dynamis ) no n...

PASTOR CURA D’ALMA

            Exercer o oficio (múnus) pastoral como cura d’alma (uma figura que comunica a realidade efetiva desse oficio) no ministério do Novo Testamento, depende em todos os sentidos, da aplicação experimental, histórica e material (claro que no contexto da nova aliança) do múnus tríplex de Cristo (rei, sacerdote e profeta) como mediador ( mesitês ) da nova era redimida ( olam habá ). Através do pastor ( ro’eh, poimen ) ao seu rebanho. Segundo o dicionário Bíblico Wyclife o ministério pastoral era um dom espiritual a ser praticado, e não como uma função a ser ocupada (Dicionário bíblico Wyclife – 2000). Contrariando assim, a nova abordagem pós-moderna do pastorado matizada de pragmatismo, hedonismo e forte ênfase hierárquico institucional.             Nesse ponto, o teólogo/pastor Jonathan Edwards é particularmente esclarecedor: “Quando um povo convida um ministro é ...

Promissio e Missio estruturas fundantes para o teodrama da redenção

A redenção se bem compreendia em seus aspectos estruturantes e dinâmicos deve ser bem melhor discernida como um drama, a rigor teodrama. Antes de continuarmos é importante elucidar a afirmação feita, sobretudo, no que tange ao teodrama. O que ele é? O que se pretende comunicar ao utilizar essa categoria teológica? Teodrama é o falar/agir ( tatwort ) da trindade em função da desventura existencial humana a partir das categorias do drama sendo este um conjunto de atos dramáticos na linha do que afirmou Kevin J. Vanhoozer: No coração do cristianismo encontra-se uma série de palavras e atos divinos que culminam em Jesus Cristo: a divina e definitiva Palavra/Ato. O evangelho – autodoação de Deus em seu Filho por meio do Espírito – é inerentemente dramático, uma questão de sinais e discursos, ação e sofrimento (Vanhoozer, 2016, p.34).             Essa convicção é fruto da avaliação do que pensando teologicamente é a exist...

Como viver a existência que Deus sonhou para nós? Gálatas 3.1-13

 Quem não quer viver bem a vida? Quem não deseja se relacionar com a existência de uma maneira que só possa ser traduzida como feliz? Para se realizar esse desiderato é indispensável que se tenha em conta, que se estabeleça como vetores diretivos a vontade de Deus. Ou seja, não há verdadeira felicidade a revelia da presença e querer divino, visto ser ele a fonte genuína da felicidade humana. Mas como vivermos a vida que Deus sonhou, desejou após a fatídica experiência da queda, levando em consideração que ela desarmonizou e comprometeu os fundamentos essências para a realização desse tão caro projeto?        Bem, Paulo ao meu sentir nessa porção de sua carta aos gálatas responde com louvor as indagações tão custosas que temos feito acima, ao bem da verdade é preciso consignar que o apóstolo da cruz trata tal tema consequencialmente sem nem uma pretensão de aprofundar a matéria de fundo. O coração e cabeça da mensagem é sem dúvida a justiça de De...