Exercer o oficio (múnus) pastoral como cura d’alma (uma
figura que comunica a realidade efetiva desse oficio) no ministério do Novo Testamento,
depende em todos os sentidos, da aplicação experimental, histórica e material
(claro que no contexto da nova aliança) do múnus tríplex de Cristo (rei,
sacerdote e profeta) como mediador (mesitês) da nova era redimida (olam
habá). Através do pastor (ro’eh, poimen) ao seu rebanho.
Segundo o dicionário Bíblico Wyclife o ministério pastoral era um dom
espiritual a ser praticado, e não como uma função a ser ocupada (Dicionário
bíblico Wyclife – 2000). Contrariando assim, a nova abordagem pós-moderna do
pastorado matizada de pragmatismo, hedonismo e forte ênfase hierárquico
institucional.
Nesse ponto, o teólogo/pastor Jonathan Edwards é
particularmente esclarecedor: “Quando
um povo convida um ministro é para que ele seja alguém por meio de quem às
pessoas poderão dar continuidade a seus negócios com Deus – alguém que age pelo
povo diante de Deus e com a ajuda de quem o povo poderá adorar o Senhor”
(Edwards – 2002).
Oh!
Nesse tempo de fisiologismo ministerial que como uma tormenta destruidora tem
invadido o jardim de Cristo é salutar reexaminarmos esse que é o dom (charisma)
do Pastor supremo a seu rebanho ad tempora, a saber – o pastor: “Mas isso não quer dizer que todos sejam iguais! Nem
todos falam e fazem a mesma coisa. A verdade é que, pela graça generosa de
Cristo, cada um de nós tem seu dom. O texto que comprova isso é: Ele subiu às
altas montanhas. Venceu o inimigo e tomou o despojo. Depois distribuiu tudo
entre o povo, como um presente. Não é verdade que aquele que subiu também
desceu às partes mais profundas da terra? E aquele que desceu é o mesmo que
subiu de novo, aos mais altos céus. Ele concedeu dons em cima e embaixo, encheu
os céus e a terra com suas dádivas. Ele concedeu dons de apóstolo, profeta,
evangelista e pastor-mestre para
treinar os seguidores de Cristo, para que haja um serviço de qualidade no corpo
de Cristo, a igreja. Ele fez isso para que todos possam trabalhar juntos em
perfeita harmonia e sintonia, numa resposta cheia de gratidão e dedicação
eficiente ao Filho de Deus, como adultos plenamente maduros, plenamente
desenvolvidos, plenamente cheios de vida, como Cristo.
” (Ef
4.7-13).
Ah!
Como precisamos resgatar a figura ministerial do pastor como ministro da graça
(káris),
ministrando Cristo – o Messias sacerdote, rei e profeta a seu povo tão
estiolada por três meteoritos conjunturais: o populismo ministerial
enlatado e importado dos EUA; o secularismo acadêmico/ministerial
inoculado em pequenas doses pelos seminários cada dia mais liberais e
secularizados; e o profissionalismo pastoral que tem trasmudado os
ministros em executivos, comunicadores e terapeutas.
De modo que é enfrentado essa tormenta caudalosa que
devemos contraculturalmente reafirma o oficio bíblico e biblicamente
direcionado do pastor cura d’alma; isto é, sacerdote, guia e profeta do Deus
Eterno e seu reino de restauração (q.v.; Mt 9.36; 25,32; 26.31; Mc 6,34; 24.27;
Lc 2.8,15, 18,20; Jo 10.2,11,12,14,16; Hb 13.20; 1 Pe 2,25). SDG.
Rev.
Marcus King Barbosa - pastor
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