O inconsciente se estrutura como linguagem, como discurso.
Essa linguagem/discurso envolve o signo e a metalinguagem. É dentro dessa
engrenagem da linguagem que o inconsciente se move no sentido de tentar
estabelecer (lançando-se da base de lançamento do subjetivo) o primado do
prazer (vergnüngen) no universo de nossa vivência (erfahrung). E prazer aqui é
utilizado no sentido mais lato que se possa imaginar fugindo a todo custo da
interpretação minimalista do sexocentrismo que alguns eivam a escrita de Freud
sobre o tema.
Portanto, é a atividade desse inconsciente discursando
através dos sonhos, dos atos falhos (que na verdade são bem sentido), das
obsessões, de algumas doenças somatizadas, enfim, o responsável por muitas ‘más’
colocações, arroubos e explosões do temperamento, ‘más’ escolhas, indisposições ou hiperatividade sexual,
enfim, que gosto de designar como sabotamento existencial.
É, sem dúvidas,
decisivo está atento a essa ingerência
inconsciente viciando nosso
movimento existencial e conectivo até porque apesar dessa força centrífuga
pulsional (trieb) do inconsciente o protagonismo de nossa caminhada humana deve
continuar sendo nosso. SDG.
Marcus King Barbosa – Psicanalista Clínico, Psicoterapeuta
Integratista, Teólogo e Filósofo da Cultura
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