“O
TDAH deve ser representado na mídia de maneira tão realista e precisa quanto é
representado na ciência – como um transtorno válido, de impacto adverso,
variado e substancial sobre aqueles que dele sofrem sem que isso seja culpa sua
ou de seus pais ou professores” (Russell A. Barkley, Ph.D.).
Quero começar reconhecendo ter
avançado muito, a abordagem e tratamento do TDAH por parte do estado, notadamente,
no universo escolar. Entretanto, tristemente preciso alertar que há ainda muito
a si pensar, mudar e fazer. Seguindo esse roteiro sublinho algumas dificuldades
que são notórias: a) - laudos incompetentes, ou seja,
prestado por profissionais que não são específicos (no caso dos transtornos do
neurodesenvolvimento: TDAH, TOD, ESPECTRO AUTISTA, enfim, o profissional específico
é: neuropediatra, neurologista, melhor ainda se tiver especialidade em transtornos
neuropediatricos), b) - ausência de monitores com treinamento
especifico, digo, minimamente clínico, pois, monitor não é
acompanhante... c) – tratamento multidisciplinar carente de real multidisciplinaridade,
e em muitos casos, via para atender a jogos políticos e manejamento de pessoal,
enfim.
Bem, por conta disso, essa Declaração
Internacional de Consenso sobre o TDAH elaborada pelos maiores
especialista em TDAH nos EUA e subscrita por seu maior expoente, doutor Russel
A. Barkley é um importante meio de alerta a nossos políticos e legisladores:
O TDAH não é benigno. Para
aqueles que acomete, o TDAH pode causar problemas devastadores. Estudos de seguimento
com amostras clínicas sugerem que os indivíduos que portam o transtorno são
muito mais propensos do que as pessoas normais de abandonar a escola (32 a
40%), raramente concluem a faculdade (5 a 10%), têm poucos ou nenhum amigo (50
a 70%), apresentam fraco desempenho no trabalho (70 a 80%), participam de
atividades antissociais (40 a 50%) e usam tabaco ou drogas ilícitas mais que o
normal. Além disso, as crianças que crescem com TDAH são mais propensas a ter
gravidez na adolescência (40%) e doenças sexualmente transmissíveis (16%),
correr excessivamente e sofrer muitos acidentes de carro, ter depressão (20 a
30%) e transtornos da personalidade (18 a 25%) quando adultas e, de centenas de
outras maneiras, lidar mal com suas vidas e colocá-las em perigo. (Russell
A. Barkley, Ph.D.)
Dr Marcus King Barbosa –
Psicanalista Clínico (23), Psicoterapeuta Integratista (17) e Filósofo
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