As enfermidades desta era designada de modernidade líquida é
majoritariamente (e isso não está restrito apenas as doenças que não são
clinicamente justificadas) um veemente protesto do organismo, do sôma (corpo)
como extrato da facticidade histórica a má gestão da existência, do como
existimos o viver, na perspectiva de Bakhtin a enformação da vivência.
Na verdade, uma ab-reação do (i)consciente, na
qualidade de discurso do outro que sou eu mesmo à indiferença gritante
(destituída de significado e plenitude teleológico) a singularidade do meu ato
enquanto agente autobiográfico no mundo, como categoria própria de concretude
dos entes.
Uma tomada de
posição interior a falta de assinatura responsiva na existência face às
paulatinas exigências e expectativas que os não nós nos impõe, esquecendo que a
vida ganha peso de acontecimento singularizado nela mesma e no ato responsivo
do ator, que não pode ser delegado ou infiltrado pelo agenciamento de terceiros.
Adoecemos como
febre de uma vivência sem o reconhecimento do seu caráter irrepetível e sua
unicibilidade, ou seja, toda e cada escolha é única e pontual, e de igual
maneira cada dia nessa vida também. Nosso corpo reage, portanto, ao estelionato
do eu próprio, a falsificação do existir, a falsidade ideológica do sujeito
real, escondido debaixo das personas e do pluridiscurso da linguagem.
Daí que urge uma refundação desta
posição existencial irrenunciável na formação do sujeito mais próximo do
original divinamente projetado por via da autenticidade do Ser. Se assim
fizermos viveremos o que poderia simplesmente definir, do ponto de vista do
corpo de saúde, e do ângulo da vida de felicidade. Pense Nisto!
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