Muita gente passa por uma crise
abissal quando enfrenta o final, o epílogo de sua existência nessa geografia
temporal. Apesar de uma vida financeiramente tranquila, uma boa aposentadoria,
ou ainda apesar da fama, reconhecimento profissional, acadêmico mesmo assim a
crise se impõe.
Qual
a razão disto? A resposta é que nesse exato momento que se percebe que se
semeou insuficientemente para a eternidade. Bem verdade que semeou; e, fartamente, só que para essa vida, não para a outra
existência. Semear para essa vida é semear só para si, para o ego. Infelizmente
muitas das sementes que lançamos no solo da nossa semeadura estão viciadas do
nosso egoísmo, narcisismo, controle, enfim, o problema é que só vamos descobrir
nesse estante capital. No nosso dia D.
Na verdade semeamos muito, a jornada toda,
porém, esquecemos de semear para o outro mundo, ou semeamos mal, para a
religião, por exemplo, vai saber? Daí quando o dia de atravessar o rio Estige
inapelavelmente chega...
Marcus King Barbosa –
Psicanalista Biopsissocial, Terapeuta Integracionista, Filósofo da Cultura e
Teólogo
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