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Mostrando postagens de maio, 2022

Olhado mais a fundo

A terapêutica medicamentosa gera uma esfuziante e quimérica satisfação que tristemente conduz sempre a uma pesada dependência. A verdade é que quem inadivertidademente compra a ideia da felicidade química proporcionada por uma terapêutica epidérmica e sintomatológica está se deixando ludibriar. E de fato quem vende essa ideia, notadamente quem pega o grosso do dinheiro está enganando inescrupulosamente, para ser sincero certas abordagens unilaterais sobre certos transtornos parecem mais uma peça publicitária – É evidente que não sou reacionariamente contrário ao uso de medicação, em certos transtornos, em alguns níveis de sintomas eles são uma medida ostensivamente necessária, a questão em quadro está em ser ele apresentado primeiro como via clínica exclusiva, segundo, o desprezo por uma abordagem nuclear que trate a causa constitutiva do transtorno em prol de uma série cíclica de experimentação química de controle de sintomas. Entendo que todos os transtornos psicoterápicos devem esta...

Conhece-te a ti mesmo, uma boa sugestão...

    Na maioria das vezes quando um paciente procura um auxilio psicoterapêutico ele encontra-se geralmente num profundo é grave conflito. Mesmo que esse conflito, essa neurose ocorra por conjunturas externas e geograficamente estabelecida, o conflito, por seu turno, enseja dois dimensionamentos:   interior e exterior, consciente e inconsciente. Essa dualidade traz dois impulsos e perspectivas diretivas que se torna efetivamente o locus da abordagem e metodologia de todo o processo psicoterapêutico desde o diagnóstico até o tratamento.   Do ponto de vista da realidade consciente, exteriorizada e experimental o paciente apresenta queixas sintomáticas: angustia, insônia, fobias, problemas de relacionamento, de saúde física e tantos outros males. Está ele querendo curar-se desses sintomas, porque sofre com os bloqueios internos da personalidade, porque percebe restrições que inibem a liberdade pessoal do ser e do crescer, enfim.   De fato, o reclame tem seu ...

Maturidade e administração do Self

  Veja bem uma das mais excruciantes tarefas para a conquista da maturidade existencial é a gestão do ego. Mapear os intricados atalhos da autoconsciência, editar as cenas baratas de nosso dramalhão pessoal, expulsar da nossa jornada cotidiana nossos fantasmas e ressignificar a bagunça no nosso self feita por nossas experiências traumáticas não é nada fácil.   A questão sensível é que se fizermos de outra forma atentaremos direta e fatalmente contra essa maturidade almejada. Pior seremos eternos meninos emocionalmente dirigidos, lançando nossa afetividade no caos, juntamente com nossas relações e como cereja da torta sucumbiremos diante da neurótica e viciante necessidade de controle, padrão e poder. O que estou querendo afirmar com tudo esse argumento é que vivenciaremos todas as implicações e desdobramentos de um poderoso narcisismo que a tudo consome como um devorador de mundos. Portanto, que Deus me livre e te livre disso e que gestemos nosso ego para nossa sorte e d...

O que é realmente ser livre?

Se fizermos uma avaliação desapaixonada (se isso é possível) veremos claramente que estamos em uma oceânica e grave crise de polarização. E ao tratar disso estou indo bem além do âmbito político. Fato é que temos extremos não apenas nesse índice do catálogo, mas na própria existência em sua inteireza e totalidade. Esse dualismo newtoniano criou uma profunda distorção de percepção que elucida, se não absolutamente, quase todas nossas crises atuais. Agora não é tão difícil perceber essa polarização sistêmica, por exemplo, na psicologia da determinação, das escolhas. Aqui visualizamos limpidamente o contraste entre determinismo e autodeterminação. Qual a problemática existente nisso? Simples, esse cartesianismo não explica o sistema intricado e integrado que caracteriza nossa identidade onde o determinismo e o livre-arbítrio transitam, correlacionam e coexistem sem disputas constitutivas . Essa polarização elege elementos pivotais que devemos fugir a todo custo. Não devemos absorvem...

Transtornos psíquicos e pensamentos obsessivos

  É uma grande verdade que um grande número dos pensamentos que temos ao longo do dia fazem parte de um fluxo de processamento cognitivo que se encontram dentro do exercício dinâmico do Ego em seu consciente. Esses pensamentos automáticos normalmente são privativos, e ocorrem de forma rápida à medida que se desarrolha o processo dinâmicos do nosso existir e nossos afazeres cotidianos. O problema é que um sem número de pessoas com transtornos psíquicos, como depressão, ansiedade ou síndrome do pânico frequentemente vivenciam e revelam inundações de pensamentos automáticos que são desadaptativos ou distorcidos. Esses pensamentos que em sua formação geram reações emocionais dolorosas e comportamento disfuncional ampliam e (segundo muitas teorias) estão correlatos a própria formação desses transtornos. Um dos indícios mais importantes de que os pensamentos automáticos podem estar ocorrendo em um viés clínico efetivo é a presença de emoções fortes. A relação entre eventos, pensamentos a...

Como agir quando injustiçado?

  Ninguém está livre de sofrer injustiças, de fato na atual conjuntura que vivemos as chances de tal constrangimento se abater feito tsunami em nós é mais que certa.   Todavia, o maior equívoco daqueles que assassinam biografias, promovem o linchamento moral e que estão envolvidos no negócio crescente de devorar almas, sonhos e vocações; isto é, a promoção do estado de injustiça e da cultura da perversidade é que esse tipo de atitude, além de desmascarar o compromisso escuso com o reinado profético da grande Babilônia (Ap 18.2,5,13) demanda de Deus um reequilíbrio do sistema; ou seja,   Deus intervém para retribuir esse tipo de injustiça praticada contra a existência dos seres humanos criados sua imagem e semelhança (tsalém, demuth), particularmente de seus filhos: “ 18 Portanto, a ira de Deus é revelada dos c é us contra toda impiedade e injusti ç a dos homens que suprimem a verdade pela injusti ç a humana ” (Rm 1.18).   O Ap. Paulo trata ainda dessa interv...