Todos transtornos tem uma forma de inicialização, que designamos de gatilhos. São eles que atualizam em nós a dinâmica da psicopatologia em sentido experimental. Que fazemos em relação a estes gatilhos, como lidar com eles?
Primeiro, associar quando
eles acontecem, se a tarde, à noite, depois do trabalho ou antes, enfim. Lembrem-se,
assim como a mente trabalha com padrões esses vírus psíquicos também agem por
padrões e frequencias.
Segundo, entender a que
eles respondem, reagem, qual seu télos (propósito); isto é, são proteções do
sistema bancados pelo Eu fiscalizador, nesse sentido mecanismos de defesa. Ou
são reações a conjunturas ou situações existenciais, tipo quebra de confiança,
abusos psíquicos e sexuais, rejeições, enfim, ou ainda, resposta a uma experiência
traumática?
Terceiro, estabelecer um
entendimento claro e efetivo dessa linha de movimentação dos gatilhos e antecipá-las
nos seus primeiros movimentos, por meio de uma reação críticoemocional as suas
tentativas de inicializar (o que pode ser realizado por algumas técnicas, como
por exemplo, as várias utilizadas na terapia ressignificativa) que vão
funcionar como um antigatilho (antikitten) fazendo o processo
falhar e consequentemente atrapalhando significativamente a operação na base de
lançamento.
De modo que essas medidas terapêuticas irão impedir
a atualização do sistema operacional do transtorno, haja visto, que ele não
conseguirá iniciar seu processo e por conta disso, ele perderá energia
alimentadora (power supply) e vai se dissipando seu controle. Essa maneira clínica
de agir, entendo ser caminho real (não epidérmico ou sintomático) para cura.
SDG.
Dr. Marcus King Barbosa –
Psicanalista Clínico, Psicoterapeuta Integratista, Filósofo, Neuropsicanalista
e Fundador da Terapia Ressignificativa
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