Essa
teoria compreende que há uma relação existente entre linguagem, desenvolvimento
e aprendizagem e o processo histórico-cultural e de interação social. A personalidade
mais destacada dessa escola é o teórico Vygotsky.
A
estrutura dorsal da teoria vygotskyana parte da ideia de que o desenvolvimento
da personalidade, assim como do aprendizado é um processo com tentáculos postos
profundamente no tecido social e interativo.
Partido disto Vygotsky busca formular a origem
dos processos psicológicos superiores. Para ele esses processos psicológicos se
originam na vida social e na participação do sujeito em atividades
compartilhadas com outros.Segundo essa teoria, que acento minha própria
compreensão a personalidade é um produto acabado do mix da maturidade
biológica, dinâmica cultural e apropriação dos signos (linguagem e semiótica). O mecanismo de consciência de si
mesmo (autoconhecimento) e do reconhecimento dos demais é idêntico: temos
consciência de nós mesmos porque a temos dos demais e pelo mesmo mecanismo,
porque somos em relação a nós mesmos o mesmo que os demais em relação a nós.
Reconhecemo-nos a nós mesmos somente na medida em que somos outros para nós
mesmos (Vygotsky,1996).
Os três pilares da formação socioafetiva - Os três
tempos do Édipo
O Édipo foi o aforismo teórico utilizado por Freud nos primórdios para
descrever a experiência primaria da criança com o desejo, sua extensão e
limitação. Dentro da construção doutrinária a engenharia edipiana tem uma função constitutiva na formação da
personalidade, de maneira que a própria solução (ou não) do Édipo se confunde
com a maturação da personalidade.
De modo que é possível falar do Édipo como sendo na concepção de
Nasio uma experiência vivida por uma criança de cerca de quatro anos que,
absorvida por um desejo sexual incontrolável, tem de aprender a limitar seu
impulso e ajustá-lo aos limites de seu corpo imaturo, aos limites de sua
consciência nascente, aos limites de seu medo e, finalmente, aos limites de uma
Lei tácita que lhe ordena que pare de tomar seus pais por objetos sexuais
(Nasio – 2005).
Dai que o desenvolvimento socioafetivo se constitui dentro de correlação energética
com o Édipo do que designamos como os tempos do Édipo. Como se estrutura esse
tempo?Podemos dividi-lo em três eixos.
O primeiro deles é a identificação
formadora do Eu. Essa identificação se dá no seguinte arranjo: – 1.
Afirmação do desejo e da linguagem; 2. A descoberta do desejo do Outro; 3. O
estado do espelho.
O segundo eixo é pulsionalização
do corpo e a formação da imagem de si; dito de outro modo, é como nesses
estágios formativos a criança lida com o partilhamento do prazer. De que
maneira se dá essa pulsionalização? 1. O registro do simbólico objetal; 2. A
percepção do Outro como aquele que é diferente de mim; 3. A cisão do desejo , a
crise narcísica frente a enigmática figura do Pai.
Por fim temos a solução da
sexuação que se relaciona com a residência na personalidade do lugar definitivo
do pai simbólico na dinâmica objetal do pai/mãe. Isso acontece na seguinte
equação: 1. A fixação do lugar do pai no centro gravitacional do desejo;
2. A descoberta das relações com o campo do gozo, o processo de socialização; .
3. A descoberta do limite do gozo; A formação da identidade sexual.
Esse modo processual é o universo que concebe, do ponto de vista
da teoria da subjetividade, a socioafetividade. O Psiquismo se constitui por
meio de um processo lógico que acompanha a criança desde sua entrada no mundo;
são 3 modos de relação entre ela e seus pais, que se combinam em fases distintas,
conhecidas como os três tempos do Édipo (Dunker, 2009)
Psicologia da Aprendizagem (continuação)
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