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Mostrando postagens de maio, 2019

Nada de céu, senão o da boca da onça...

Pensa aqui comigo, se Jesus disse que nem mesmo adorar eu posso sem resolver cabalmente minhas pendencias com o outro ( Mt  5.23-26).    Agora imagina ir para o céu?    E a céu me refiro aquele modo de existência (modus  vivendis ) que se estabelece nessa dispensação após a morte (ou na final após o julgamento cósmico) do servo ( doulós ) de Deus ( Jo  14.1-2; 2 Co 5.1;  Fp  1.23;2 Co 12.2; 2  Pe  3.13;  Ap  21.1, entre outros).   Veja bem, cá pra nós quantos que empilham os templos como abelhas sobre o mel que segundo esse critério do Cristo estão fora dele? Claro que fora! pois, continuam com inimizades antigas, continuam odiando, continuam invejando, continuam, continuam... (1 Co 6.9-11). Bem, e você já resolveu suas pendencias? Acha que frequentar cultos, sociedades internas, eventos, enfim, vão ser substitutivos lídimos? Será que Deus vai aceitar esse embuste?   Ao me...

Coitados dos Jacós

A espiritualidade do espetáculo, do gogó, da autoafirmação em face do outro que chamamos (muitas vezes só por força do hábito) de irmão, que Martinho Lutero chamava de teologia da glória é fácil de ser vivida.   Agora, a espiritualidade de verdade (teologia da cruz  como Lutero chamava) , da cruz, que implica negativamente em renuncias:  do Ego, da manipulação religiosa do outro, da ‘doce’ prática do julgamento alheio, entre outras mazelas que se multiplicam como fungos no meio evangélico  ( Gl  5.19-21). E positivamente no se abrir para o encaminhamento do Espírito da nossa existência partindo de nosso interior ( Gl  5.16, 22-26). Isso  concerteza  é  difícil .   Na verdade  sem disputa raro de  vê  (ou vocês acham que Jesus falou de poucos os escolhidos por quê?) isso porque é obvio, não se acha perdido em Congressos de igreja, reuniões eclesiásticas de qualquer naipe, shows gospel, Encontros, enfim. ...

O inconsciente e a Linguagem

O inconsciente se estrutura como linguagem, como discurso. Essa linguagem/discurso envolve o signo e a metalinguagem. É dentro dessa engrenagem da linguagem que o inconsciente se move no sentido de tentar estabelecer (lançando-se da base de lançamento do subjetivo) o primado do prazer (vergnüngen) no universo de nossa vivência ( erfahrung). E prazer aqui é utilizado no sentido mais lato que se possa imaginar fugindo a todo custo da interpretação minimalista do sexocentrismo que alguns eivam a escrita de Freud sobre o tema. Portanto, é  a atividade desse inconsciente discursando através dos sonhos, dos atos falhos (que na verdade são bem sentido), das obsessões, de algumas doenças somatizadas, enfim, o responsável por muitas ‘má’ colocação, arroubos e explosões do temperamento, ‘má’ escolhas,  indisposições ou hiperatividade sexual, enfim, que gosto de designar como sabotamento existencial. É, sem dúvidas,  decisivo está atento a essa ingerência  inconsciente ...

ALGUMAS TESES SOBRE O FUTURO

A escatologia é o ramo da teologia que se detém no estudo das questões relacionadas com as últimas coisas (escathón). O fim nestes dias de nebulosidades políticas em escala mundial, caos social e (i)segurança existencial desperta de per si no contemporâneo um vívido interesse, notadamente no cristão. Para ser bem franco esse interesse não é exclusividade moderna, não é um fenômeno restrito a nossa época, já pode ser visto entre os hebreus e Revelação antiga onde os navis (profetas) anunciavam um tempo (aion) futuro em que Iavé haveria de por termo a toda injustiça e impiedade (olam habá) e julgaria o mundo rebelde (olam hazé) com rigor e de forma definitiva (Jr 6.15;10.15; Sl80.16; 105.3, entre outros). Na perspectiva do Novo Testamento esses últimos dias foram inaugurados com a advento da primeira parousia (vinda) do messias, em sua encarnação, vida, ministério e obra a nova era, o tempo de Deus (kairos) chegou, surgiu temporalmente (At 2.16-17,33,36; Lc 1.46-55,68-79; Hb1.2...

A benção de ser perder certos amigos

O título parece esdrúxulo não acham? Que benção pode advir da perda de uma amizade? Mas pensando mais um pouquinho, até que há um pouco de   sentido. Isto porque a benção vem do fato de que algumas amizades são essencialmente danosas, para o coração, para o espírito, para a família, para o próprio indivíduo. Olha,    certos amigos fazem de graça a função   do Diabo, dos fariseus, de Pilatos... Esse tipo de amigo que é indiferente a suas vitórias e fracassos, invejoso de suas bençãos, acusador de seus descaminhos, jogo duplo, bacia de água gelada, enfim, é uma benção que te abandone (coisa que ele irá fazer mais cedo ou mais tarde, bom então que seja mais   cedo!) visto que este modelo de amizade você deve ter muita cautela. É como a Lady Melisandre disse:   - Não são os adversários que te amaldiçoam na cara   que deves temer. Mas aqueles que sorriem quando está olhando e enfiam a faca quando viras as costas. Sim, repisando, é uma benção r...

SOMOS UMA GERAÇÃO DIGNA DE LAMENTO

Penso que somos uma geração que até o momento não provamos do poder real do Evangelho da graça. Não me compreendam mal, não estou dizendo que não temos um conhecimento intelectual e teológico   das doutrinas da graça, não estou também afirmando que não temos milagres, conversões, nem tão pouco estou sugerindo que não temos um grande império religioso com nosso templos abarrotados de fieis. Fazer uma declaração assim seria contrario senso, o que estou tentando delinear é que até então somos uma geração espiritualmente pobre de uma verdadeira experiência com o poder da graça do Deus trino como tornada disponível no Evangelho de Cristo (Tt 2.11-13). Você deve estar indagando por que ele diz isso? E tem toda razão de assim fazê-lo visto que essa é uma declaração ousada e comprometedora pelo seu conteúdo. Então por que estou fazendo isso? Bem minha afirmação não é arbitrária, mas resultado de uma reflexão madura e profunda do próprio Evangelho como quando confrontado com a prá...