A espiritualidade do espetáculo, do gogó, da autoafirmação em face do outro que chamamos (muitas vezes só por força do hábito) de irmão, que Martinho Lutero chamava de teologia da glória é fácil de ser vivida.
Agora, a espiritualidade de verdade (teologia da cruz como Lutero chamava), da cruz, que implica negativamente em renuncias: do Ego, da manipulação religiosa do outro, da ‘doce’ prática do julgamento alheio, entre outras mazelas que se multiplicam como fungos no meio evangélico (Gl 5.19-21). E positivamente no se abrir para o encaminhamento do Espírito da nossa existência partindo de nosso interior (Gl 5.16, 22-26). Isso concerteza é difícil.
Na verdade sem disputa raro de vê (ou vocês acham que Jesus falou de poucos os escolhidos por quê?) isso porque é obvio, não se acha perdido em Congressos de igreja, reuniões eclesiásticas de qualquer naipe, shows gospel, Encontros, enfim.
Se encontra no movimento de fé, pessoal de confissão e redirecionamento, ou seja, nossa travessia do vau de Jaboque (Gn 32.22-31). Onde deixamos de ser Jacós (e nenhuma dessas brincadeirinhas de ser crentes que fazemos hoje vai alterar, nem tão pouco os seus efeitos danosos) e nos transformamos em Isra’el; e aí sim encetamos de fato, o andar com o Deus Vivo e Verdadeiro. Eu chamo essa experiencia da teologia do Peni’el. Sem essa experiencia de confronto com nossa face real diante da magnitude da santidade de Deus, não temos espiritualidade real, genuína, mas um substituto grosseiro, impotente, ilusório, que não passa de zoada religiosa. Pense Nisto! SDG.
Marcusk Barbosa – Psicoterapeuta, Teólogo, Filósofo da cultura e Discípulo de Jesus
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