1. A comportamentalidade, o cotidianismo, a ética relacional é uma fusão, um mix de influencias e fatores de natureza hereditária e incorporativismo eletivo-pessoal. Ou seja, somos resultado dos fatores herdados e das influencias que recebemos na construção da nossa psicohistória. Ninguém se comporta por força de um impulso neutro, ou movido por total ausência de conteúdo motivacionais.
2.
O agir é fruto de complexos mecanismos e eixos.
Somos resíduos de reverberações valoritivas. Somos o equacionamento da
combinação da hereditariedade que herdamos de nossos pais e dos processos
interativos na jornada existenciária como ser-no-mundo.
3.
Essa realidade estruturante impõe um pesado
fardo sobre os relacionamentos atrapalhando sensivelmente sua dinâmica. O
chamado da hereditariedade e tão atraente que no mais das vezes condiciona
nossa ética relacional. Neste sentido, as relações, notadamente as conjugais,
são estereotipadas pelos espectros maternais ,paternais e por toda os efeitos intrapessoais
dessas interface. Essa hereditariedade é a somatória dos valores, princípios,
emoções, decepções, frustrações, enfim, que apreendemos em nossa subjetividade
e torna-se parte de nossos próprios valores.
4.
Fato é que quanto mais tentamos ignorar e ser
indiferente a esse pacote hereditário somos mais rapidamente engolidos por ele,
de maneira que nossas escolhas, decisões e reações são definitivamente
condicionadas por essas sombras...
5.
Precisamos de uma transformação que leve em
relevo a pertinência do legado hereditário e existencial de nossos pais no paradigma
de nossa personalidade, do nosso Ego, do nosso Self. Uma mudança assertiva que
sublinhe as repercussões psicosubjetivas da nossa relação primária para nossas
relações atuais como se elas fossem lentes pelas quais enxergamos a realidade,
ou melhor, nossa realidade. E por força disso atrapalham, conturbam e até mesmo
comprometem muitas amizades, namoros, casamentos, enfim. É importantíssimo
detectarmos essas sombras, essas lentes, essa presença e alteramos aquilo que
está sendo para nossa caminhada prejudicial. SDG.
Dr Prof. Reverendo Marcus King
Barbosa
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