O que é TOD? Podemos dizer que é um
Transtorno Opositivo-Desafiador caracterizado por um distúrbio de comportamento,
um perfil rígido de desobediência, hostilidade e ameaças, inclusive físicas. O TOD
clinicamente está associado a alguns transtornos: TDAH, Transtorno de Conduta e
Transtorno Bipolar. Em muitos casos, apesar de ser uma entidade clínica autônoma
o TOD pode evoluir desses transtornos como comorbidades, notadamente do TDAH. Segundo
o Compendio de Psiquiatria Kaplan o TOD pode ser assim descrito:
O transtorno de oposição desafiante é
caracterizado por padrões duradouros de comportamento negativo, desobediente e
hostil em relação a figuras de autoridade, assim como uma incapacidade de assumir
responsabilidade por erros, o que leva a jogar a culpa nos outros. Crianças com
o transtorno frequentemente discutem com adultos e se sentem cada vez mais
incomodadas pelos outros, levando a um estado de ressentimento irritado
(Kaplan, Sadock e Grebb – 2017)
Qual a origem (etiologia) do TOD? A
doutrina aponta uma convergência de múltiplos fatores, biológicos,
temperamentais, aprendidos e condições psicológicas. Outra coisa que se deve
levar em consideração foi o fato de que o DSM-5 classificou o transtorno de
oposição desafiante em uma treliça de tipos: Humor Raivoso/Irritável, Comportamento
Questionador/ Desafiante e Índole Vingativa.
Destarte, como o TOD afeta as
crianças? Bem, ele ocasiona sérios problemas ligados ao modo como elas reagem
aos processos rotineiros e disciplinares do cotidiano. Desse modo, discutem
excessivamente com adultos ou autoridades, não obedecem comados diretivos, não
assumem responsabilidades pelas atitudes, incomodam de forma sistemática os que
com ele convivem e respondem quase sempre de forma inadequada e furiosa quando
as coisas não ocorrem como desejam.
Pensando a longo prazo o TOD pode
gerar situações comprometedoras para a vivencia interativa da criança e adolescentes:
severos problemas de inserção social, desagregação familiar e evasão escolar....
Essa comportamentalidade desdobram-se para um ambiente existencial de
delinquência, abuso de drogas, distúrbios de conduta abusivos, violência,
marginalidade, enfim.
Entender a dinâmica e a realidade
clínica do TOD é decisivo, tanto para encaminhar os pais e responsáveis aos
profissionais adequados, como para tratar a nível interpessoal com os
desdobramentos doesse transtornos na vida relacional, ou seja, familiar,
escolar e interativa de forma mais ampla. Além disso, é vital compreender que
como o TOD impõe um tratamento multidisciplinar ele depende de uma rede que
envolva a família, escola, psicoterapia e profissionais da saúde. SDG.
Dr Marcus King Barbosa- Fundador da
Psicoterapia Ressignificativa
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