Em outras palavras, os mecanismos de defesa são as estratégias do ego, de forma não consciente, para proteger a personalidade contra o que ela considera ameaça. É mais cômodo ao ego continuar a reproduzir sua autoverdade, sua autoimagem, em sua redoma. Esses mecanismos são diversos tipos de processos psíquicos, cuja finalidade é afastar o evento que gera sofrimento da percepção consciente. Ficamos de tratar desses mecanismos começando pela negação.
Negação
O que é
a negação? Trata do processo negatório que as defesas do ego praticam
substituindo-as por realidades opostas, inexistentes. Essa negação se efetiva à
medida que o ego é alvejado por várias situações desagradáveis e ataques
ostensivamente poderosos provenientes das relações interpessoais e
intrapessoais.
Portanto, a negação nega a
realidade exterior e a substitui por outra realidade falsificada, mas que lida
com a necessidade de pacificação a dinâmica do próprio ego. Desse modo, é importante
entender que a negação torna possível a implantação adequada dessa nova
realidade por meio da metodologia fantasiosa, ou seja, fantasia de satisfação
dos desejos e também em muitos casos do comportamento. De fato, o ego por meio
de suas defesas elabora vias defensivas dos resultados inconscientes, dos fatos
traumáticos, desagradáveis, opressivos, enfim, que foram recalcados para a (i)consciência,
mas que continuam a retornar e atingi-lo requerendo todo esse aparato de reação.
O problema com a negação é que ela pode
ensejar um agravo sério por conta das antíteses estabelecidas pelos quadros
ilusórios que as defesas forjam, ao torna-se um processo neurótico, se
pensarmos em um ângulo pontual. Ou em se pensando sistemicamente, no sentido em
uma combinação de negações que fabricam um multiverso correlato, o que sem
sombra de dubitação é uma confluência adequadíssima, condicional para o
desencadear da psicose.SDG.
Dr. Prof. Marcus King Barbosa
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