Somo seres insatisfeitos. Essa é uma verdade não só axiomática como pontual. Isso é facilmente provado na voracidade com que consumismo os ativos existenciais desde nosso nascimento. A medida que amadurecemos para o epílogo de nosso existir como seres-no-mundo esse aspecto tão básico em nós que é a insatisfação, ao invés de se arrefecer, se agiganta e empodera-se fazendo com que muitos trilhem os caminhos marginais, fronteiriços à moral histórica, vigente…
Essa maneira com que a insatisfação nos engalfa elucida muito dos nossos percalços, de nossos fracassos, dos comprometimentos biográficos, dos finais melancólicos, dos conflitos encarniçados, enfim.
Percebeu nossa ânsia por ter dinheiro, posição, títulos, fama, renome, sexo, causas? Notou nosso continuo tédio? Já pensou como ficamos abusados facilmente de coisas, situações e até pessoas? Sim pessoas, ou você acha que trocamos tanto de amizades e relações porque? E se colocarmos na equação a variante daqueles que desejam trocar mais nunca tiveram coragem a conta vai longe… Retomando o assunto a velha insatisfação é a elucidação de tudo isso, claro, damos novos nomes, pintamos com outras cores e vestimos com outras roupas, porém, mesmo mudando o nome da rosa ela continua com o mesmo odor…
A insatisfação coloca seus tentáculos em todas as dimensões do existir humano: material, psicológica e religiosa, por exemplo, muita psicose é resultante da insatisfação levada a seu ponto máximo na esfera da religião. Ser insatisfeito então é um estado humano universal que diálogo intimamente com a angustia, dor, fracasso, sentimento antissocial, enfim.
Na verdade feliz é quem consegue domar esse puro sangue! Precisamos combater esse poderoso pensamento\sentimento dentro de nosso Self se quisermos manter o que na existência temos adquirido. Se temos a intenção de sermos relevantes em nosso tempo não podemos alberga sem luta esse inquilino não desejável. Pense Nisso!! SDG.
Rev. Marcus King Barbosa - Psicanalista Clínico, Teólogo, Filósofo da cultura e Aprendiz de discípulo
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