Existem certos
tipos de relacionamentos que podem ser adequadamente definidos como relações perversas, mas não no sentido
erótico-sexual e sim significando fora da vertente, da rota (per-vertere) e que
não conseguem por mais esforço que se empreenda corrigir a rota.
Para ser bem
sincero, a pós-modernidade está repleta, locupletada desses relacionamento em
nível multidimensional; isto é, conjugal, profissional, familiar,e fim. Sim, claro
que está cheio, inúmeras relações fora de seu eixo (apesar do forte discurso de
negação), relacionamento que na sua dinâmica são como um cometa errante, ou
pior ainda são relações de bolso
como designava Zygmunt Bauman destacando sua portabilidade e facilidade de ser
consumido e descartado. Relacionamento que estão sem rumo e por derivação
lógica sem propósito verdadeiro ou original.
Nesta condição
são relacionamento que não agradam a Deus, (por isso per-vertidos) e nem
cumprem o projeto por ele estabelecido (Gn 2.15-25) quando da ocasião da
formação do primeiro relacionamento: cumplicidade, verdade, parceria,
intimidade,enfim. Temos relações que mais se parecem com um drama kafkiano do
que um casamento, por exemplo, ou uma relação pai/mãe e filhos. Muita
manipulação, narrativas forjadas, enfim.
A conclusão é
que temos “relações” e relações, umas que satisfazem o selo de qualidade divina
e se ajustam perfeitamente a matriz primeira. Outras infelizmente são o
inverso, desagradam em muito o criador, são relações predatórias e vergadas a
um fisiologismo adoecedor. Relações que produzem um circulo de asfixia
existencial e produz até não poder mais gente com a alma amputada e o coração
cheio de dores. Que tipo de relação é a sua?
Rev. Marcus King
Barbosa – Teólogo, Psicanalista Clínico, Filósofo da Cultura e Pastor Reformado
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