Dons espirituais (carismatas, dómatos) são poderes
extraordinários provenientes da autoridade de Jesus, o messias, em sua apoteose
messiânica no advento da ressurreição/ascensão (Ef 4.8-16; At 1.9-11). Esse
poderio é o resultado direto da equiparação que a santa Trindade designou em
sua economia pactual para sua comunidade espiritual, ou seja, a igreja.
Portanto, os dons espirituais são poderes (dynamis)
e capacitações para o enfrentamento de toda a oposição ao avanço do reino de
Deus, bem como edificação pessoal e comunitário desse povo (Lc 24.49; At 1.8; 1
Co 12.7; Ef 4.12).
Dessa forma os dons espirituais
são peculiares aos que estão envoltos na batalha pela vitória do messias e seu
reino. Na verdade, são atuações, qualificativos do Ruach L’Qadosh (Espirito Santo), porém, não são provas incontestes
do caráter transformado de um discípulo (talmidîm,
mathêtes) de Jesus, ou de uma genuína regeneração, como nos mostra o pastor
Glênio Fonseca Paranaguá: ainda que
sejam sujeitos operantes através do dom, estes dons não são predicados que
constituem a identidade do cristão (Paranaguá – 2008).
Por seu turno, o fruto do
Espírito (karpós tou pneumatós) é a
explicitação da vida himmlischer Geist
(espirito celeste); isto é, o fruto do Espírito é a manifestação da fertilidade
da vida divinamente dotado, que Jesus designa como novo nascimento (Jo 3.3,5).
De fato, o fruto do Espirito é
a própria essência da vida cristã autentica. Por sua vez os dons do Espírito
são seus poderes revestindo e concedendo expertises, para se cumprir o projeto
da Redenção por via da expansão da igreja.
Estas acepções são vitais para
que entendamos a dinâmica do Espírito na sua dotação graciosa dos dons e na
produção que ele realiza do fruto no meio da comunidade do messias. Isto é
importante, visto que o Espírito Santo veio ser gestor executivo (Rm 8.14; Jo
14 e 16) no propósito de redimir um cósmo caído, alienado e rebelde como uma
assembleia de sacerdotes e reis (1 Pe 2.9-10). SDG.
Pr. Marcus King Barbosa
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