O que é um evangelista? Um
pregador ambulante do Evangelho (euangelistás
raiz euangelistês). Os evangelistas
eram homens dotados com o dom da evangelização notadamente para ganhar almas e
expandir as fronteiras da comunidade espiritual de Jesus.
O Pr Hernandes Dias Lopes afirmou que eles eram a “milícia missionaria da igreja”. Por seu
turno o comentarista do Novo Testamento William Barclay pontou: “Os evangelistas eram os portadores das
boas-novas. Eram os missionários de batalha da igreja. Portadores da mensagem
das boas-novas a um mundo que jamais tinha ouvido”.
I.
A Missão dos setenta e dois evangelistas uma
perfeita amostragem da perspectiva de Cristo desse dom ministerial
Nesse texto Cristo nos fornece
nuances solida da arquitetura do dom do evangelista que poderia ser assim
tematizada:
1.
O
comissionamento oficial (1,3)anedeiksen:
designado – Ypágete imperativo
presente raiz ypágw: indo;
2.
Dever
de depender da provisão divina (vs – 4-8)
a)
–
Legalidade escriturística do sustento ministerial para tempo integral:
2 Timóteo 5. 17-8: 17: “Os pastores que fazem bem o seu
trabalho, devem ser bem pagos e altamente estimados, de maneira especial
aqueles que trabalham arduamente, tanto pregando como ensinando. 18 - Porque as
Escrituras dizem: - Nunca amarre a boca de um boi quando ele está pisando o grão,
deixe-o comer enquanto anda! E em outro lugar: Aqueles que trabalham, merecem pagamento!”
(Dt
18.1-5; Mt 10.10; 1 Co 9.7-11,13-14; 1 Tm 5.17-18).
Segundo Warren Wiersben os evangelistas deveriam demonstrar
uma dependência exclusiva de Deus, inclusive no sustento material: “Deveriam crer que Deus proveria estadia
e alimento para eles e não deveriam se sentir envergonhados de aceitar
hospitalidade”.
3.
A A síntese
da missão – O Evangelho do Reino de Deus (vs – 9-11)
Marcos 16.15: “15
E lhes ordenou: “Enquanto estiverdes indo pelo mundo inteiro proclamai o
Evangelho a toda criatura” At 8.31-39.
J.C.Ryle assevera a
necessidade imperativa, imprescritível e impostergável da igreja apresentar o Evangelho
ao mundo alienado: “A evangelização é
uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável. O mundo precisa do
evangelho e a salvação do evangelho precisa ser oferecida livremente a toda a
humanidade”
4. O
resultado da missão evangelística dos setenta (vs – 17-20)
a) – O poder
espiritual do Evangelho (vs – 17,20)
Atos
8.5-8: “5 Indo Filipe para uma
cidade de Samaria, ali lhes anunciava a Cristo. 6 Assim que o povo ouviu a
Filipe, e viu os sinais e maravilhas que ele realizava, deu unânime e absoluta
atenção ao que ele ensinava. 7. Porquanto os espíritos imundos abandonavam a
muitos, aos berros, e um grande número de paralíticos e aleijados eram curados.
8 E, por este motivo, grande alegria sobreveio àquela cidade.” (Mt
10.1,8; Rm 14.17-18)
Para Hernandes Dias Lopes,
Felipe como evangelista contribui para um avanço decisivo no sucesso missional
da Igreja: “Filipe não era apóstolo;
era diácono, mas um ganhador de almas. Ele foi a Samaria e impactou a cidade
com o evangelho. Era um homem cheio do Espírito Santo, de fé e sabedoria”
b) – O que
verdadeiramente importa? (v-20)
Aqui inibindo um pouco o
entusiasmo dos discípulos Jesus realça em tom exponencial o que d e fato
importa numa missão como essa, ou seja, a salvação das almas, o estar inscrito
no livro da vida.
Ap 20.12,14-15 “12 Vi também os mortos, grandes e
pequenos, em pé diante do trono e alguns livros foram abertos. Então, abriu-se
um outro livro, o Livro da Vida, e os mortos foram julgados pelas observações
que estavam registradas nos livros, de acordo com as suas obras realizadas
(...)14 Então, a morte e o Hades foram atirados no lago de fogo. Esta é a
segunda morte: o lago de fogo! 15 E todo aquele cujo nome não foi encontrado
escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo. ” (Ap13.8;
17.8;21.27).
Comentou sobre o livro da vida
Grant R. Osborne: “Como era comum no
mundo antigo, essa ideia do livro é elaborada com base no rolo que continha o
registro de cidadãos de uma cidade ou de uma nação. Portanto, os que nele foram
escritos são cidadãos do céu e fazem parte do povo especial de Deus”.
II.
O papel
evangelístico na grande comissão
Nessa perícope final Jesus comissiona a igreja e deixa
claro o que seria sua missão ao mundo. Neste ponto, ele nos instrui
consideravelmente sobre o ministério evangelístico.
1. Comissionamento
e qualificação (Mt 28.18-19 pânsa
eksousia: toda autoridade)
Atos 1.8: 8
Contudo, recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis
minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até
os confins da terra! Mc 10.17-18
Sobre esse poder destacou
William Barclay: “O poder do Espírito
os converteria em testemunhas de Cristo. Essas testemunhas teriam que agir em
uma série de círculos concêntricos em contínua expansão” (William
Barclay)
2. A extensão geográfica ilimitada da pregação do
Evangelho (Mt 28.19b-20)
Marcos 16.15: “15 E
lhes ordenou: “Enquanto estiverdes indo pelo mundo inteiro proclamai o
Evangelho a toda criatura” (At 1.8b)
a) - Como
fazer discípulos? (19b- 20)
3. Reconhecendo
a dicotomia antropológica estabelecida com a queda – o choque de sementes
(v-19)
Aqui vemos pronunciada essa cizânia
antropológica. No texto em tela, a dualidade entre os discípulos e o resto das
etnias. Essa posição antagônica é sublinhada no Éden na celeuma entre as
sementes (zêra).
Gênesis 3.15: “15 Estabelecerei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o descendente dela; porquanto, este te
ferirá a cabeça, e tu lhe picarás o calcanhar”. (Ap
12.4-6; 1 Pe 4.16-17)
Warren Wiersben assevera o
seguinte sobre essa dualidade: “Portanto,
ao longo da história, Satanás e Deus, os filhos de Satanás e os filhos de Deus encontram-se
em conflito”.
Além disso, havia a própria
condição espiritual nivelada presente na humanidade caida em conflito, condenação e alienação (Rm
3.9-10,23) que só poderia ser alterada radicalmente na fé em Jesus que torna a
humanidade uma em redenção e em Deus (Gl 3.8,28)
III.
Resumo do dom de evangelistas
1.
O
ultracompromisso do evangelista com o evangelho (Lc 8.1,40; Rm 10 13-15);
2.
O
propósito do ministério do evangelista (Ef 4.12-16; At 8.35-38);
3. Sensível a direção do Espírito Santo (At
8.29,39-40; 13.2,9; 16.7).
Pr. Marcus King Barbosa
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