Compreendam o peso existencial dessa frase: - aprender a viver bem e morrer bem. Esse pensamento na minha atividade intelectual e terapêutica encapsula uma profunda reflexão sobre a busca por uma vida plena e significativa, permeada pela aceitação da finitude humana. Este enunciado por mim formulado sugere uma abordagem holística para a existência, abarcando não apenas os aspectos existenciais cotidianos, mas também a preparação e aceitação da inevitabilidade da morte (thánatos).
Dessa forma, aprender a
viver bem implica em cultivar uma consciência plena (mindsit), desenvolver
habilidades de enfrentamento diante dos desafios, nutrir relacionamentos
significativos e buscar a autenticidade em suas experiências, viver sem álibis
bakhtiniano. Envolve também a prática da gratidão, o cultivo da resiliência e a
busca por um equilíbrio entre as diversas dimensões da vida, como a saúde
física, emocional, social e espiritual.
Por outro lado, aprender
a morrer bem vai além da simples aceitação da morte como um destino inevitável.
Refere-se a uma preparação consciente e serena para o fim da vida, envolvendo
questões como a elaboração de despedidas significativas, a resolução de
conflitos pessoais, a definição de legados e a reflexão sobre o significado da
própria existência. A aceitação da finitude pode abrir espaço para uma vivência
mais plena e autêntica do presente, sem o peso excessivo da ansiedade em
relação ao futuro.
Assim, o processo de
aprender a viver bem e morrer bem pode ser encarado como uma jornada de
autodescoberta, crescimento pessoal e construção de um legado significativo. É
uma chamada para a reflexão e ação constante sobre como estamos vivendo nossas
vidas e como estamos lidando com a ideia da morte, buscando um equilíbrio que
proporcione uma existência rica em significado mesmo diante da inevitabilidade
do fim.
Dr. Marcus King Barbosa –
Psicanalista Clínico, Psicoterapeuta Integratista, Filósofo, Teólogo Público e
Licenciando em Pedagogia
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